sábado, 17 de maio de 2008

Vive

Eram 10 horas. Sem dúvida, um dia diferente se aproximava. O sol, acabado de se erguer, iluminava um mundo inquieto, empolgado na busca do seu dever. Era visível uma borboleta, junto a uma linda rosa vermelha, no meio de um jardim. Uma área sagrada da natureza, onde se viam pequenas flores e imponentes árvores que sobressaíam naquele lugar. À sua volta, o mundo. A inquietação das pessoas, o ensurdecedor barulho da inovação e a busca pela tão esperada calma. Ali no meio, encontrava-se ele. Alto, visivelmente calmo e desgastado pelas mudanças na vida. Encorajado também, não só pela sua força mas por existir um dia de amanhã. Sentia a brisa, como um alívio para o calor que já era presente. Não pensava, simplesmente sentia. Sentia o seu respirar, a sua vontade, a sua força e a sua leveza para voar. Tinha tanto para contar mas das suas palavras surgia o ensurdecedor silêncio. Tinha aprendido a controlar-se, a sobressair-se das suas incógnitas e a levantar a cabeça, como que acreditando na sua força. Estava sentado junto a uma árvore. Os pensamentos surgiram, inesperados, enchendo por completo o seu ser. Sentia raiva, dor, tristeza até pelos seus actos, até que surgiu uma lágrima escorrendo pelo seu liso rosto. Julgava-se um falhado, um perdido no caminho por si traçado. Havia uma razão, mas por mais certa que estivesse, era difícil de acreditar. Tinha falhado certamente, mas era aquele o caminho a seguir. Incluía mudanças sem dúvida, mas esperanças e desilusões, alegrias e tristezas, e uma infinidade de coisas que o fariam outro. Outro ser, outra voz neste discutido mundo. Ele sabia e sentia essa decisão. Sabia que a vida era assim, feita de escolhas, e sabia que cada um tinha a sua longa estrada. Não a temia, mas esse era agora o seu percurso. Levantou-se, e olhou em volta. Tantas vidas, tantas forças e obscuridades. Sorriu. Sentia-se leve, forte como nunca, inquieto por começar o percurso, e incrivelmente esperançoso após aquele momento de raiva e tristeza. Sentia-se vivo. Algo que prometera não esquecer… Acreditava no futuro como ninguém, e por isso avançou em direcção do nada. Sabia que lhe aguardavam reviravoltas inesperadas, sorrisos persistentes e lágrimas angustiantes. Sabia que ia mudar, e que ia aprender. Sobretudo aprender. Após isto, sentiu-se vivo… Vivo como nunca. E partiu...

2 comentários:

... disse...

Sem duvida que escreves bem!

=)

Gostei e olha qe e' dificil eu gostar d algo =D

Continua assim *

Anónimo disse...

O melhor mezmo *.*

Guztei .