O silêncio da palavra, feroz, dobrada em quatro e deixada a um canto, para ninguém a ouvir.
terça-feira, 30 de agosto de 2011
O desejo de seres tu
És e insistes em ser o que mais desejas em mim.
Transformas a certeza na minha dúvida permanente.
Estás por aqui, sempre ciente da nossa presença.
Abraças o que hoje me foi dado, e que amanhã será o óbvio.
Resistes ao vento e à loucura.
Respiras liberdades em quadrados de luz.
Caminhas sobre mares, alcanças o que sonho.
Espalhas muito do que não sentes, sempre transparente.
Divides horas em tempos futuros.
Procuras o que escondo sem te esconderes do que sou.
Sorris sobre mim e sobre o que somos.
És o que desejo seres. Como um abraço forte em tempos de guerra.
Mas é por ti que já não há dias, há vidas.
Transformas a certeza na minha dúvida permanente.
Estás por aqui, sempre ciente da nossa presença.
Abraças o que hoje me foi dado, e que amanhã será o óbvio.
Resistes ao vento e à loucura.
Respiras liberdades em quadrados de luz.
Caminhas sobre mares, alcanças o que sonho.
Espalhas muito do que não sentes, sempre transparente.
Divides horas em tempos futuros.
Procuras o que escondo sem te esconderes do que sou.
Sorris sobre mim e sobre o que somos.
És o que desejo seres. Como um abraço forte em tempos de guerra.
Mas é por ti que já não há dias, há vidas.
Ser por não ser
Senta-te no conforto deste leve cigarro, acalma esses fantasmas, saboreia a sua pele de ceda e confronta-te com o agarrar da solidão. Aperta a mão da emoção, disfarça que me mentes, grita às paredes que sou quem não queres ser.
Ser por não ser, apreciemos o sentido desta velha amizade, que a realidade nunca foi a nossa confiança.
Ser por não ser, apreciemos o sentido desta velha amizade, que a realidade nunca foi a nossa confiança.
O disfarce
Sobre todas as teorias do amanhã resigno-me ao que sei. O conforto desde cigarro invoca as palavras certas com que me dirijo a ti, e percebo que realidade se impõe entre nós.
Será a razão? A lufada de fumo transformou este ar pesado num sentimento permanente de que a resposta não será a certa.
Recolho-me ao óbvio fixando tudo o que és em mim numa pequena imagem. Repetindo vezes sem conta. Já sabes aparecer sem eu notar, sabes ser ciente da tua presença em cada suspiro que eu dou. És, e sabes ser.
Os meus passos já são uma denúncia em ti. Já sabes ler o que escrevo e ainda não me olhaste nos olhos. Até sabes porque sorris, e eu que tanto gosto não quero descobrir.
Acabo de nascer sempre que te sinto mais próxima, sempre que me fixas nessas esferas e me transmites vaidade. Sabes ser imponente em cada olhar, e eu já não sei disfarçar.
Disfarcemos tudo o que é real. A ideia da emoção sempre foi uma vanguarda, mas há quem não resista ao conceito básico de um sorriso ou à insistência de um olhar. E isso, pode não ser só um erro meu.
Será a razão? A lufada de fumo transformou este ar pesado num sentimento permanente de que a resposta não será a certa.
Recolho-me ao óbvio fixando tudo o que és em mim numa pequena imagem. Repetindo vezes sem conta. Já sabes aparecer sem eu notar, sabes ser ciente da tua presença em cada suspiro que eu dou. És, e sabes ser.
Os meus passos já são uma denúncia em ti. Já sabes ler o que escrevo e ainda não me olhaste nos olhos. Até sabes porque sorris, e eu que tanto gosto não quero descobrir.
Acabo de nascer sempre que te sinto mais próxima, sempre que me fixas nessas esferas e me transmites vaidade. Sabes ser imponente em cada olhar, e eu já não sei disfarçar.
Disfarcemos tudo o que é real. A ideia da emoção sempre foi uma vanguarda, mas há quem não resista ao conceito básico de um sorriso ou à insistência de um olhar. E isso, pode não ser só um erro meu.
terça-feira, 16 de agosto de 2011
O ser eu
Pega no copo, serve-me com o sorriso habitual.
Esquece a palavra de conforto e passa ao abraço.
Insiste em discutir o que mais desejas.
Torna tudo um capricho teu.
Oferece-me a tua dúbia hospitalidade.
Garante-me o conforto do silêncio.
E deixa-me ser eu. Tão só e eu.
Esquece que pronunciei o meu nome.
Adivinha quem somos nós.
Conta-me os minutos em horas.
Solta a gargalhada de futuro.
E espalha a realidade, recolhendo a mentira.
Tudo não passará de ser eu. O eu que não conheces.
Esquece a palavra de conforto e passa ao abraço.
Insiste em discutir o que mais desejas.
Torna tudo um capricho teu.
Oferece-me a tua dúbia hospitalidade.
Garante-me o conforto do silêncio.
E deixa-me ser eu. Tão só e eu.
Esquece que pronunciei o meu nome.
Adivinha quem somos nós.
Conta-me os minutos em horas.
Solta a gargalhada de futuro.
E espalha a realidade, recolhendo a mentira.
Tudo não passará de ser eu. O eu que não conheces.
Sobre hoje
O que poderei perguntar, sobre o hoje.
Ou responder com o vulgar
que tanto te faz vibrar.
É o que me faz recuar deste por-do-sol.
Estarás acordada?
Ou será o sinal da minha certeza.
Que tanto me inquieta sobre a tua palavra
e me questiona.
Anseio reconhecer o nosso lado,
insistindo estar aqui
para que sintas o lugar da estrela.
quinta-feira, 11 de agosto de 2011
Today
Hoje, estás longe demais.
O que poderei dizer, no alto gritante da voz, que faça tudo voltar.
Talvez o tenha que ser, talvez não sinta a voz.
Hoje foste a palavra.
E o gesto, sentido e audaz. Foste a coragem.
Talvez tivesse sido diferente, e nada tenha mudado.
Hoje conseguiste.
Ser tudo o que não sou, ser maior que a própria sombra.
Talvez deixar-me sentir, querer o arrepio para sobreviver.
Ontem, tudo foi um hoje. E amanhã não o será, porque vamos começar.
Tudo novamente.
O que poderei dizer, no alto gritante da voz, que faça tudo voltar.
Talvez o tenha que ser, talvez não sinta a voz.
Hoje foste a palavra.
E o gesto, sentido e audaz. Foste a coragem.
Talvez tivesse sido diferente, e nada tenha mudado.
Hoje conseguiste.
Ser tudo o que não sou, ser maior que a própria sombra.
Talvez deixar-me sentir, querer o arrepio para sobreviver.
Ontem, tudo foi um hoje. E amanhã não o será, porque vamos começar.
Tudo novamente.
quarta-feira, 10 de agosto de 2011
Pratica a amizade
Hoje bati á tua porta com a expressa vontade de te arrancar a frase 'porquê'. Seria auspicioso que a tua dúvida se confundisse com a simples vontade de te ver e de te ouvir dizer algo que nem sempre tenha que fazer tal sentido.
Porém, o bater constante deixou de fazer sentido quando a porta se manteve imóvel, albergando o número 47 em metal enferrujado. Talvez ainda andasses por lá, ou tivesses seguido viagem com o vendo que sopra de norte. Senti o vazio. Senti o frio. Senti o que me faltou.
Todos os passos que caminhaste desenham a minha incapacidade de ver além. Além de ti, além das palavras que me dizias, do ombro que chegaste a dar. Talvez um dia, nos vejamos a praticar a amizade. E hoje, não era o dia.
Mas como tudo, cá te espero. Porque o abraço, não se esgota.
Porém, o bater constante deixou de fazer sentido quando a porta se manteve imóvel, albergando o número 47 em metal enferrujado. Talvez ainda andasses por lá, ou tivesses seguido viagem com o vendo que sopra de norte. Senti o vazio. Senti o frio. Senti o que me faltou.
Todos os passos que caminhaste desenham a minha incapacidade de ver além. Além de ti, além das palavras que me dizias, do ombro que chegaste a dar. Talvez um dia, nos vejamos a praticar a amizade. E hoje, não era o dia.
Mas como tudo, cá te espero. Porque o abraço, não se esgota.
terça-feira, 9 de agosto de 2011
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