sábado, 18 de outubro de 2008

LD @


Não há como fugir a duas palavras amigas quando nos definimos como guardiães da amizade. As palavras escapam-nos, os gestos multiplicam-se, podemos lutar mas sabemos que é feitio. Não havia como escapar a ti, no meio de um mundo desconhecido e por vezes perdido, não havia como não te estender a mão, apanhar-te no meio de um enorme turbilhão e resgatar-te para um local seguro, livre, sonhador ...

A palavra segue outra, inconstante num seguimento de frases impossível por vezes de acompanhar. Mas ao que chamamos de conversa, defino eu como o encontro dessas palavras, fazendo sentir-me uma pessoa notória no teu discurso simples e voador.

Fugimos ao mundo. Escapámos ao remoínho de emoções que pairava á nossa volta, isolando-nos num pequeno mundo onde és a minha magia. Ao fundo, o rio. Sempre indiferente a este mundo, sempre grande, sempre presença marcante na paisagem. Por cima a ponte, com reflexos automáticos num rasgo de brilho que se avista no rio. No topo, o céu. Carregado, mas em sintonia com a nossa presença, abrindo, vislumbrando nós a nossa saída para a imaginação voar.
No fundo, estávamos nós. Eu e tu, tu e eu envolvidos no nosso mundo, á beira de uma paisagem, marcando-a fortemente. Não há descrição possivel quando o sentimento é puro, verdadeiro, real.
Naquele momento, senti-me no céu, como uma estrela a luzir para quem me pudesse observar. Era livre, mas preso a ti, feliz mas partilhando tal sentimento contigo, dividindo perfeições num mar de incertezas, mas coberto de vontades.
No fim, encontro o início. Início de mim, início de ti, início de nós. Não há muito a descrever, há sim a sentir. Sentir a perfeição que procurávamos, sentir cada momento por mais especial que seja.

Agora, sou eu e tu, nós @ LD'

'Because tonight will be the night
That I will fall for you
Over again
Don't make me change my mind
Or I won't live to see another day
I swear it's true
Because a girl like you
Is impossible to find
You're impossible to find '

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Sonhos..


O sol nascia. Levemente, como quem pede autorização para se impor nos céus. O seu reflexo já deixava rasto no interminável mar, tornando-o uma longa passadeira no caminho da luz. Era bonito de ser ver, convidando-nos a imaginar o que de bom podemos sentir.

Felizmente, partilhava aquele solene momento no erguer de um dia contigo. Tu, companheira de vivências, de sentimentos, de indiscrições permanentes numa vida imparável. Até o simples nascer do dia era visto como perfeito no meio de tudo o que nos rodeava. Era só tu e eu, eu e tu.

Não havia forma de puder transmitir. Dificilmente conseguiria, mesmo que as palavras me surgissem implorando por surgirem. Há momentos assim, incertos, intemporais até, que não se transmitem, sentem-se em todo o seu esplendor. Não são dois seres num momento, mas um momento num tempo com um pulsar incerto.
Tudo em ti é perfeito. O teu simples sorriso, a tua leve maneira de ser, a tua coragem numa imaginação pura, o teu fio de cabelo, o teu pesado toque, a tua doce palavra numa harmoniosa melodia.. Não há como chamar-te bela, sendo tu o topo de um conjunto de qualidades impossiveis de conjugar. A tua presença faz-me encher o peito de enormes rasgos de felicidade, prontos a denotarem-se num timido sorriso, escondido no meio de cada palavra tua.. Sou feliz !

O sol raiava na sua perfeição. Tenebroso, iluminava cada canto, indicando um numero infinito de caminhos que me fazem perder e voltar a encontrar-me ao sentir o teu toque. Não há como negar o meu voar nos céus, tocando na lua por vezes, sonhando o minuto a seguir a este que passa, e que estou contigo. Quando não estou, desencaminho mundos e submundos na maneira mais vital para te sentir como nunca. Nada é impossivel, o impossível é tudo.

Vem. Pega na minha mão, segura com firmesa, e sente o chão a fugir. Mostra-me o teu sorriso, transmite-me a tua segurança, indica-me o caminho neste céu interminável, faz-me voar ! Sem ti, o chão regressa com choque, surpresa até, o céu impõe limites e o sol, outrora imponente, põe-se com todo o silêncio por trás de uma timida colina. Não largues a mão, não me percas, és tudo !


Porém, a escuridão tomou lugar. Ao fundo, uma pequena luz indicava a saída deste vazio tenebroso. Aproximava-se apressadamente, dificil de esperar, de aguentar ! Por fim, a luz chega. Ao fundo, o nascer do dia através de uma modesta janela. Agora sim, o sol nascia, como havia nascido sempre, num fundo impossivel de tocar, impossivel de imaginar ... Agora sim, acredito. Sonhos e imaginações sao realidades impossiveis, mas raras excepções numa vida que se baseia no meu, no teu, no nosso acreditar !