sexta-feira, 30 de novembro de 2012

É a luz que tudo ilumina

A opção é sorrir

O relógio aperta a madrugada, nas longas quatro horas do novo dia. A janela mostra a chuva a inundar a rua de uma forma sistemática, que nos faz gostar cada vez mais do conforto de casa. Tudo isto parece banal, mas é o presente. Ou, para alguns, o chamado momento. Aquele que todos conhecemos, mas que poucos o vivem.
Estiveste quase a ser o momento. Ou todos os momentos. Estiveste perto, mas acabaste de manchar tudo e todos num gesto pouco fértil em emoção e, acima de tudo, em coragem... uma palavra muito dura em ti. Até te posso oferecer um obrigado, quase real, por saber que não és futuro, és o que chamamos de erro. Aquele passo em falso que teimamos em dar só para ficarmos satisfeitos do que podemos aprender. E contigo, aprendi o suficiente. Diria pouco, mas ser rude foi algo que não cheguei a aprender contigo, felizmente.
A opção é sorrir. E não é por tudo o que deixamos para trás, é por tudo o que ainda temos pela frente, por tudo o que temos que aprender. Talvez um dia, aprendas a sorrir assim, como eu, só para perceberes a diferença entre o teu falso e o meu feliz.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

O manifesto

Olá

Hoje sinto que não sou de palavras. Nem tão pouco de gestos. Mas por aqui começo uma pequena mensagem que te dirijo a ti, sonho meu, como forma de te ver partir. De te ver seguir o rumo que não sou capaz de te acompanhar, por mais esforços que insista em fazer. Escrevo, aqui e agora, um manifesto contra mim, mas acima de tudo uma forma solidária e presente de transmitir que desisto.

E desisto pela sabedoria. A tal sabedoria de que nos faz ver quando parar. Quando chega de sonhar alto demais em terra de pequenos. Como eu. A tal sabedoria em que percebemos que somos seres humanos. E que voar nunca foi uma ideia, nem tanto uma possibilidade.

Desisto pela força. A força que preciso para esquecer que és um sonho. O tal sonho, que alimentou manhãs sorridentes, horas e horas de planos para a vida, que me fez sorrir só de pensar. A mesma força que um dia me disse: pára de sonhar, pára de voar, que um dia a queda será maior que a grandiosidade de sonhar.

Mas acima de tudo, desisto por mim. Desisto por saber que às vezes, é melhor parar e voltar atrás, do que avançar e seguir o caminho errado. Desisto por querer esquecer. Esquecer que voltei a errar, que voltei a cair. Desistir por fazer esquecer que sou o culpado de cair, e por não ter aprendido a lição. A mesma lição que, um dia, me quiseste ensinar.

Quero que saibas que desistir não é de fracos. Muita vez é de sábios e fortes. E mesmo sabendo que não sou nenhum deles, aqui tento ser. E serei. Porque desta vez, eu copio a lição para a capa. Desenho um aviso e deixo um lembrete. Porque por muito que sonhar seja uma forma de voar e sorrir, é também uma forma de cairmos. E eu, cansado de abraçar o chão, levanto-me hoje na esperança de te gritar um dia: sou feliz assim.

Eu sei, estou errado. Mas deixa-me sonhar desta maneira. Que mesmo lutando contra mim, sei que nunca foi de mim sonhar. Sonhar, é para os fracos, que nunca souberam onde e quando parar. Mesmo quando nunca foi preciso.

Talvez um dia nos vejamos, tomemos um café e possamos rir às gargalhadas do que fomos juntos. Aí, irás ver, que perdeste mais em voar do que eu em cair.

Melhores cumprimentos
Luis

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

A escolha

Não importa a tua coragem, pouco importa a tua ambição. Cada passo teu terá sempre dois lados, duas opiniões, uma simples divisão. O objectivo não é conseguir tomar uma decisão: é saber qual dos lados é certo. E essa, pode não ser a tua melhor escolha.