terça-feira, 27 de maio de 2008

Fins ..

Diferente. Insolúvel na vida, não á volta. Aconteceu, e acabou. É estranho olhar o céu, ver o dia, respirar este ar que todos os dias nos envolve. É simplesmente, diferente.
Gostava de acordar deste enredo em que adormeci. A vida parecia boa, era vivida, sentida, e até intensamente procurada nos longos segundos que passam. Olho o mar, a razão, olho a cor, olho em redor e vejo que tudo mudou. Já não procuro a alegria, porque sinto a tristeza. Deixei de ver o que de positivo a alegria me traz, porque encarei a dura realidade de ser como sou. De ser assim, de estar assim, de qerer ser assim e de falhar assim. Era bom acordar de manhã, levantar para a vida e sonhar que iria voar por entre estes obstáculos que crescem á minha volta. Agora, sinto-os como barreiras de uma grandeza inantigivel, de uma contrariedade tal que nem me vejo a ultrapassá-los. As forças cairam, a vontade fugiu, a ilusão voltou e eu, perante este mundo cruel, baixo os braços. Acabou. Lutar ? Não. A vida não sao lutas, são ganhos. Não sao exemplos, sao certezas. E eu sei que sinto que a razao leva.me a este estado involuntario em que me perco em pensamentos de como tudo seria diferente se .. se e ses que completam uma ilusão em que me escondo. Não desisti, simplesmente aceitei. Porque sei que a minha luta nao causara diferença, porque sei que eu n mudarei um caminho, porque sei que nao alterarei nada. Porque acima de tudo, sei como a vida me ganha e que, neste momento de solidao extrema, conjugo o verbo 'sentir' .. sentir fortemente esta vida e, de braços para baixo, olhar o ceu á procura da resposta ... resposta respondendo á pura ilusao da vida.

sábado, 17 de maio de 2008

Azóia

“Escrevo. Simples palavras que me conformam o espírito, ou que simplesmente o atordoam... Ordeno-as calmamente, num grito pela liberdade que elas me trazem. Procuro-as, chamo por elas na tentativa desesperada de elas soltarem o que sinto, a árdua dor da alegria no contraste com o vazio da mágoa.
Quero um abrigo. Abrigar-me desta agitação que o mundo cria, onde me envolve espontâneamente numa acção vulgar. Pediria o sol se fosse preciso. Teria vista privilegiada para um manto azul que envolve um mundo terrestre. Mas não. A excentricidade leva-me a momentos de loucura impossíveis de suportar, impossíveis de controlar. Prefiro esconder-me deste mundo, sentar-me comodamente e escrever palavrões através de simples quadros imaginários por entre uma natureza perfeita. Guiar-me-ia pela loucura da grandeza, mas sinto-me demasiado confortável para sonhar alto. Olho em redor, e abranjo tudo num simples olhar indiscreto. Consigo sentir a tensão exterior na minha pequena cadeira, onde vibro com tamanha sensação. Sensações permanentes na procura de liberdade, sonho e fantasia, voando pelo exterior sentindo o lugar. Sinto as palavras a entrarem-me pela casa adentro numa afronta á minha simpatia, buscando as minhas alegrias e tristezas, que a minha leve caneta descreve ao deslizar num simples papel. Porque sei que posso estar aqui como ali, que essas palavras não me abandonarão, simplesmente mudarão a minha ténue visão deste pequeno mundo envolvente. E, assim, traduzo este espaço como sensorial, sentindo cada segundo que passa, na intensa busca pela simples inspiração...
No fim, deparo-me com este volume marcante numa simples natureza. Complica-se o simples, e busca-se a simplicidade, num meio confuso onde nos libertamos do mundo e buscamos a básica palavra de todas: viver. Viver este espaço, viver este mundo, viver vivendo numa frenética envolvente que nos faz mover... Mover uma simples caneta, duas básicas palavras e um conjunto de ideias, que traduzem a minha liberdade, a minha inspiração. Sinto que consegui o espaço ideal, aquele em que eu vivo, e aquele que me faz viver...”

Vive

Eram 10 horas. Sem dúvida, um dia diferente se aproximava. O sol, acabado de se erguer, iluminava um mundo inquieto, empolgado na busca do seu dever. Era visível uma borboleta, junto a uma linda rosa vermelha, no meio de um jardim. Uma área sagrada da natureza, onde se viam pequenas flores e imponentes árvores que sobressaíam naquele lugar. À sua volta, o mundo. A inquietação das pessoas, o ensurdecedor barulho da inovação e a busca pela tão esperada calma. Ali no meio, encontrava-se ele. Alto, visivelmente calmo e desgastado pelas mudanças na vida. Encorajado também, não só pela sua força mas por existir um dia de amanhã. Sentia a brisa, como um alívio para o calor que já era presente. Não pensava, simplesmente sentia. Sentia o seu respirar, a sua vontade, a sua força e a sua leveza para voar. Tinha tanto para contar mas das suas palavras surgia o ensurdecedor silêncio. Tinha aprendido a controlar-se, a sobressair-se das suas incógnitas e a levantar a cabeça, como que acreditando na sua força. Estava sentado junto a uma árvore. Os pensamentos surgiram, inesperados, enchendo por completo o seu ser. Sentia raiva, dor, tristeza até pelos seus actos, até que surgiu uma lágrima escorrendo pelo seu liso rosto. Julgava-se um falhado, um perdido no caminho por si traçado. Havia uma razão, mas por mais certa que estivesse, era difícil de acreditar. Tinha falhado certamente, mas era aquele o caminho a seguir. Incluía mudanças sem dúvida, mas esperanças e desilusões, alegrias e tristezas, e uma infinidade de coisas que o fariam outro. Outro ser, outra voz neste discutido mundo. Ele sabia e sentia essa decisão. Sabia que a vida era assim, feita de escolhas, e sabia que cada um tinha a sua longa estrada. Não a temia, mas esse era agora o seu percurso. Levantou-se, e olhou em volta. Tantas vidas, tantas forças e obscuridades. Sorriu. Sentia-se leve, forte como nunca, inquieto por começar o percurso, e incrivelmente esperançoso após aquele momento de raiva e tristeza. Sentia-se vivo. Algo que prometera não esquecer… Acreditava no futuro como ninguém, e por isso avançou em direcção do nada. Sabia que lhe aguardavam reviravoltas inesperadas, sorrisos persistentes e lágrimas angustiantes. Sabia que ia mudar, e que ia aprender. Sobretudo aprender. Após isto, sentiu-se vivo… Vivo como nunca. E partiu...

Pequenos textos ..

"e assim foi.. num momento unico, os seus olhos brilharam na escuridao, simbolo de que estava a minha espera.. era arrepiante a tua expressão, transmitida através dos teus olhos, da profundidade que eles tinham, das mensagens que eles me dirigiam. Fui ao teu encontro, guiado pelo meu coração e na esperança de te sentir. Junto a ti, era facil sentir o teu coração aos pulos, a tua respiração, a voz gritante da tua vontade.. peguei na tua mao, senti-te por breves instantes, e a olhar para os teus lindos olhos, disse: es o meu presente, e o sonho de seres o meu futuro.. não me abandones, e voa comigo.. liberta-te, sonha, que eu levar-te-ei sem regresso para o meu coração.. Foi entao que ele, no meio daquele momento unico, a olhou nos olhos, e pegando nas suas mãos suaves, lhe murmurou: "... não vás ... és o meu presente, o meu futuro. Quero-te, agora e amanhã, quero sentir a tua doce pele, ver os teus lindos olhos, e beijar a tua boca... não me abandones, porque destroçarás o meu coração, e a partir daí, a minha vida perderá cor, porque és tu o meu arco íris.. " Depois destas palavras, o coração acelarava.. a ligação de olhares era forte, penetrante.. como eram lindos os olhos dela, com o brilho que mostrava a sua alma.. então ele avançou, e beijou-a.. momento único aquele, onde a paixão se soltou ... Aquele momento tinha sido unico.. os labios dela eram inesqueciveis, e cada beijo era apenas mais uma lembrança.. olhou para ela, mais uma vez.. era hora de partir. Ja sentia saudades. Apesar de a ver mesmo a sua frente, e de sentir a sua mao, as saudades apertavam.. era triste saber que se ia embora, e que ia passar umas horas sem a ver, sem a ter, sem a ouvir... tinha gravado a imagem do seu olhar, e como despedida, murmurou no seu ouvido: "Sei que vais, mas gostaria de te ouvir dizer que voltas.. es-me tudo. Es o meu sonho, o meu presente. Sabes que eu te adoro, e que nunca te esquecerei.. Por favor nao me abandones.. " Depois de um beijo, ela partiu.. Ele viu-a desaparecer no horizonte.. a sua imagem ficou memorizada, e o seu olhar cravado em memórias.. era linda aquela imagem, cm o por do sol a iluminar o horizonte.. sem duvida que tava apaixonado, e ela era a tal que o fazia sentir-se dessa forma.. Ele estava ansioso.. ia ve-la mais uma vez, senti-la. Tinha chegado a hora. Ela não se atrasou, e o seu olá havia feito desperta-lo.. Ela estava ali, á sua frente. O que ele havia sonhado estes dias, era agora realizado. Via o seu olhar penetrante, ouvia o seu respirar, e sentiu a sua mão, num toque leve e suave. Aproximou-se dela, e murmurou ao ouvido: "Ainda bem que viestes.. Morri de saudades. Quero-te." Após estas palavras, ela beijou-o, inesperadamente. Ele sentiu naquele beijo aquilo que tanto esperou nos últimos dias. Foi longo, doce, mágico. Finalmente tava cm ela, e nunca a iria abandonar... Descobriu, por fim, que tava apaixonado... As horas de agonia demoravam a passar.. estarias bem? O meu coração palpitava por ti.. sentia medo de te perder, medo de que não estivesses bem.. Por fim, recebi um recado teu.. Estavas bem, e iria tar contigo.. Estava perto o momento. Esperei pelas 11h, um pouco nervoso, mas seguido pelo coração. Avistei-se, e aí, tudo mudou. Es linda... Vi os teu cabelos encaracolados, abrilhantados pela luz do sol.. o teu corpo, perfeitu, e por fim, quando já estavas a minha frente, vi os teus olhos, senti a tua pele após dois leves beijos.. Es perfeita.. senti a tua mão, e não pude deixar de dizer.. Adoro-te e quero-te... "