quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

What's wrong ?

O que se passa ... ?

Fúrias interiores distorcem o meu caminho. Tornam-o ofuscante, levando-me a destinos por mim não procurados. Passados presentes, que eu afundo no meu horizonte, voltando como um híman sempre que caminho. Caminhos desbravados, às vezes sonhos, quebrados por incapacidade própria. Ou dos outros. Descobertas tenebrosas, levam-me a cair em cada falha no meu caminho. Erros fatais, tornando horizontes negros, onde a saudade é o objecto principal da minha agenda.

Mas, o que se passa ?

Hoje, o vento sopra em sentidos contrários. O sol ilumina as sombras da cobardia, com o carácter fortalecido. A chuva cai esporadicamente, mostrando a minha fraqueza em demasia. Luto fortemente contra os ventos que se debatem, em busca da brisa permanente. No fim, descubro que sou fraco demais para acreditar em mim, quanto mais no dia de amanha. Por isso, esqueço a metereologia.

Conta-me o que se passa.

Sabes o topo da montanha ? Sonho escalá-la para poder desce-la de forma impetuosa, correndo o sangue nas veias sem fulgor.
Sabes da vitória ? Espero perder. Só assim, saberei o que é ganhar.
Sabes do amor ? Então esquece, que eu não o quero.
Sabes da dor ? É o meu dia a dia. Não te aflijas, tou habituado.
Sabes o que sentes e o que o teu redor te mostra. Sabes o que queres porque a tua ânsia aumenta cada segundo que não tens. Sabes do passado, porque vives o presente a caminho do futuro. Sabes o que é teu, eu sei o que é meu.

Continuo sem perceber. Explica-me

O meu mundo, é assim. Confuso. Perco literalmente o que procuro antes de tentar procurar. Escrevo na minha mão o futuro risonho que desejo, mantendo no coração o árduo passado que quero apagar. Mas não tenho coragem. Todos os dias sobrevalorizo a minha imagem sobre os outros, imagino-me maior. Chego até a tocar no céu com bravura, buscando as respostas diárias que ele me oferece. Perco a minha sombra por momentos, quando o meu medo interfere, perdendo o dia de amanha. Sou audaz em sofrimento. Nos outros, em mim. Um ciclo viocioso onde não gosto de estar, mas que dele não saio. Sou frio a procurar soluções, algumas que nem quero ter. Por vezes, são saídas, mas a coragem faz-me tremer e recuar.

Falta a parte positiva, nem tudo em ti é mau.

O único que guardo de positivo em mim, é a memória. Do que outrora fui. E a esperança. Que serei feliz, pisando o solo que imaginei, rasgando as folhas que quero rasgar, idolatrando cada acção, sonhando ao nível dos meus objectivos. Um dia...

Ele levantou-se. Colocou-se a meu lado, com a mão sobre o meu ombro. Era tão leve. Murmurou-me:

A folha solta-se da árvore. O rapaz tropeça, sempre que procura andar devagar. A carta não é entregue, falha na escrita. O cobertor protege-nos, como uma fortaleza. O grito ensurdecedor cala-se, perde a força. O resto, são momentos.

E desapareceu. Misturou-se no pesado ar matinal. E eu, lá prossegui o meu percurso diário.

2 comentários:

Anónimo disse...

Ey melhor amigo...este e' sem duvida um dos teus melhores textos!

"Sabes do amor ? Então esquece, que eu não o quero.
Sabes da dor ? É o meu dia a dia. Não te aflijas, tou habituado."
[Adorei esta parte:P]



Continua a transmitir o que sentes neste bonito site <3



AMO-TE Melhor Amigo~
Tens toda a minha força :P

Marta Pragosa disse...

O que se passa pergunto eu!
À dois meses que não dizes nada!

Mau, mau...! :P