quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Call me a stranger...

Diferente. Efusivo. Confiante. Marcante. Sorridente. Alegre. Poderoso.

Outrora, ele foi assim. E já não é. Tempos e tempos, mudaram o seu ser, de propósito, inocentemente, sem ele próprio perceber. Dificil de acreditar, impossível de prever, coisas de destino.



Em cada passo, um sentido de vida. Tão simples definir o que sentimos, tão mágico cada segundo que o ponteiro do seu relógio percorre, avançando lentamente no decorrer de cada instante. O seu contar até dez durava mais que o habitual, a sua paixão fervilhava junto a pele. O seu respirar era forte em emoção, a sua força inquebrável. Poderia vir o pior, ele olhava para o melhor.



Era feliz.



Não havia razões de explicação. A vida não precisa de nada para que seja compreendida. Precisa, sim, de ser vivida. Sentida, percebida, levada ao extremo. É preciso perceber o que nos faz sentir, imaginar, compreender, sonhar. Encontrar o nosso lugar.



Ele havia encontrado, era feliz.



Caminhava para o que ele imaginava ser, o seu sonho. Aquele sonho que tanto lutou, desbravou, caminhou em terrenos perigosos. Lutou com tudo o que havia conseguido reunir de forças, e até as que não tinha. Conseguiu. E o tempo passou. Agora, tudo é nada. Tudo se esfumou por entre frustações constantes, desilusões inesperadas em segundos longos e tenebrantes. Tudo era dificil, e ele percebeu.

Do nada, era infeliz.

Dificil de perceber ? Talvez.

Imagina-te agora, como sempre sonhaste ser. Para ti, a definição de perfeito. Ou quase. Imagina-te a caminhar sorridente pela rua, com tudo o que desejaste. Para ti, és feliz. Agora imagina, que nada disso existe. Nada é perfeito. Imagina-te um vulgar rapaz num mundo complicado, imagina-te um pequeno ponto num quadro enorme de pontilhismo, ainda a tinta fresca. O que te faz seguir em frente? O que te faz ir atrás do que desejas?


Nada.


Antes de mais, fecha os olhos. Fica surdo. Esquece o mundo. Ele não importa.
Agora, sente o exterior. Sente o teu fim, a morte. Sente o ar. Sente o chão. Sente o sol, e a chuva. Simplesmente, sente o que em redor de ti se dispõe, pensando interiormente. Quando sentires o que é viver, não precisas de sonhar. És feliz.

Foi isto que ele perdeu. Já não tem. E quer recuperar. Tanto ele, como eu. Eu, ser humano. Um dia fui assim, hoje não sou. Um dia..

2 comentários:

Anónimo disse...

quero tanto que fiques bem..
tanto..

apesar de triste ta lindo..
e.. um dia vou perceber..

adoro-te luis <3

Anna Filipa disse...

Oh Luís, já te disse que te adoro ler prai mil vezes mas digo mais uma vez. :') Vinha aqui mandar vir contigo que nunca escreves nada aqui mas pronto a surpresa foi ter uma entrada nova e nem me contaste! Acabou a nossa amizade. Tas fodido. Odeio-te.

=D Adorei o texto, és a magia. Tens a magia <3