sábado, 7 de maio de 2011

O teu Sorrir

Ver-te sorrir entre a névoa do meu cigarro trouxe em mim prova que nem tudo se esquece. Ou que nem tudo se tenta esquecer nos padrões tão fixados de um desejo submerso entre a dúvida e o presente. Enquanto as palavras não surgem, insisto em te fixar com este olhar tão sério e sonhador que espero não chegue a ti no meu sentido tão lato, mas na leve certeza que a névoa se mantém. Incrível a forma como me mexes sorrindo na naturalidade do dia, como me ultrapassas com a forma discreta que encaras o meu olhar fixo e te centras no café sobre a mesa.
Se continuas a sorrir assim, um dia tenho a certeza do meu controlo perdido, e de que a quebra está num caminho paralelo. Arriscaria nesta dúvida se me sobrasse coragem em que um dia, de facto, sorririas sobre mim, e não para mim, como tanto insistes em fazer.
É berrante ser tão frágil perante ti quando me asseguro que forças não me faltam ao te olhar, ou ser tão inseguro quando me certifico que a emoção é a minha razão.

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